Produzido pela Coalizão de Média Salarial Global, o estudo foi encomendado para examinar o salário médio na cafeicultura nas regiões Sul e Sudoeste do estado de Minas Gerais, o qual contabiliza 24% da produção cafeeira do Brasil. Ele estima uma média salarial para trabalhadores fixos em fazendas de café dentro desta região, que pode ser também aplicada para qualquer trabalhador urbano.

Embora os resultados sejam positivos, eles atestam que nem todos os trabalhadores recebem um salário digno. O salário digno só pode ser assegurado através de medidas combinadas de certificação e órgãos governamentais, representantes dos trabalhadores e outros participantes dentro da cadeia de custódia.

Esses dados podem ser acessados e usados por certificadoras para auditoria ou para motivos de verificação salarial, ou por manejadores florestais para estimativas de ajuste salarial quando necessário.

A coalização, que inclui o FSC® e a Aliança ISEAL, adotou a metodologia Anker para calcular o referencial da média salarial nacional.

A metodologia Anker, desenvolvida por Richard e Martha Anker, especialistas internacionais em média salarial, provê uma metodologia única e a definição do que é a média salarial. Ela defende que a média salarial precisa fazer frente às necessidades de um padrão de vida decente e que isso varia conforme a região.

A média salarial é assim definida:

Remuneração recebida por um mês de trabalho regular em um determinado lugar, suficiente para manter um padrão de vida decente para o trabalhador/a e sua família. Elementos de um padrão de vida decente incluem alimentação, água, domicílio, educação, cuidados de saúde, transporte, vestuário, e outras necessidades essenciais, incluindo provisões para acontecimentos inesperados.

Como membro da Coalizão de Média Salarial Global, o FSC está comprometido ao contínuo melhoramento dos salários dos trabalhadores florestais, no mínimo, para que recebam de acordo com a média salarial.