Basicamente, os serviços ecossistêmicos são benefícios que obtemos da natureza, direta ou indiretamente. Vão desde a purificação do ar e da água, sequestro de carbono e manutenção do solo fértil até a mitigação de fenômenos climáticos mais impactantes à sociedade e economia. Diante da busca por uma indústria de baixo carbono - compromisso assinado por mais de 190 países, incluindo o Brasil, durante a Conferência do Clima - hoje há um grande potencial econômico em torno de tais serviços.
Muitas regiões do mundo não têm mais como expandir suas fronteiras produtivas, mas ao mesmo tempo há perspectivas do aumento da demanda de alimentos e outras matérias primas. Há também processos produtivos que impactam mais o meio ambiente do que outros. Nesse sentido, as atividades que fazem bom uso do solo, dos recursos hídricos e preservam a biodiversidade devem ser recompensados, criando uma relação de incentivo econômico à conservação. Por exemplo: atividades que operam com redução da emissão de carbono e conseguem obter um “saldo”, podem oferecer seus créditos a quem emitiu mais do que a cota e precisa mitigar suas emissões. Ou seja, quem emitir mais do que deveria, pode compensar comprando daquele que demonstra menor impacto ambiental.
O novo procedimento do FSC (FSC-PRO-30-006 V1-0-PT) visa facilitar o acesso a esse mercado de pagamentos por serviços ambientais, fornecendo aos proprietários florestais, sejam eles pequenos produtores e comunidades ou grandes empresas, ferramentas para medir, verificar e comunicar seus impactos positivos no sequestro de carbono, na conservação da biodiversidade, recursos hídricos e do solo e serviços recreacionais.
Nesse sentido, além do já conhecido mercado de crédito de carbono, quem comprovar esses impactos poderá ter mais fácil acesso a investimentos e subsídios, agregar valor à sua imagem e, consequentemente, às suas atividades produtivas. E tudo isso com a chancela do FSC.
O Procedimento em português está disponível para download abaixo