Por Época

O povo indígena suruí-paíter, que mora em um território em Cacoal, a 480 quilômetros de Porto Velho, Rondônia, encontrou na comercialização de produtos derivados do babaçu (tipo de palmeira) uma alternativa econômica sustentável. Reforçando a conexão com as tradições e a terra, os suruís já produzem óleo de babaçu, farinha de mesocarpo, carvão de babaçu e castanha do Brasil in natura, também conhecida como castanha-do-pará, com a certificação de manejo florestal responsável do Conselho de Manejo Florestal (FSC na sigla em inglês).

Comunidades indígenas, por lei, não podem explorar a madeira dentro de suas reservas. Sendo assim, a extração de produtos florestais não madeireiros, como o babaçu e a castanha do Brasil, tornou-se a alternativa mais viável. O manejo é realizado com base em conhecimentos tradicionais por uma das tribos do povo suruí-paíter. A produção envolve 18 homens e oito mulheres.

O cacique da tribo e presidente da Associação Soenama do Povo Indígena Paiter Suruí, Isaque Mopilô Tavá Suruí, conta que o plano é expandir o trabalho para outras tribos, investir em tecnologia, maquinário e continuar fortalecendo o vínculo da comunidade com a floresta. “Para produzir o carvão, por exemplo, nós recolhemos apenas as palmeiras de babaçu que já completaram o ciclo e não estão mais vivas, preservando assim a mata”, explicou.

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