No dia 06 de dezembro, em Santarém, a Coomflona inaugurou sua loja, para comercializar produtos confeccionados a partir de galhos e restos de madeira manejada da Floresta Nacional do Tapajós. Nesta mesma cerimônia, tornou-se pública a comercialização da sua madeira certificada FSC (RA-FM/COC-006712), em forma de toras de variadas espécies. Para isso foi lançado um edital pregão presencial público.
Este edital refere-se a uma quantidade total estimada em 9.870 m3, oriundas de exploração em Plano de Manejo Florestal Sustentável de Uso Múltiplo. Para ter acesso ao edital, entre aqui.
Além do orgulho de ter o trabalho dos cooperados reconhecido, Sérgio Pimentel, presidente da Cooperativa Mista da Flona Tapajós, destacou o diferencial do manejo florestal comunitário familiar (MFCF). “Abrimos 32 ramais na floresta que chegam a locais onde o ônibus na passava. O trabalho da cooperativa consegue pagar o estudo de jovens. Vivemos da floresta, mas continuamos com ela em pé".
A conquista da Coomflona é compartilhada por vários parceiros. Entre eles, o Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), que participa desta história desde 2007, e que, junto com o FSC Brasil realizou oficinas para sensibilizar, explicar e planejar o processo de certificação. “Estamos desde o início com a Coomflona, e entendemos que esse momento é deles, usuários e proprietários das florestas, Acima de tudo, devemos reconhecer o esforço das comunidades”, ressaltou a coordenadora de projetos do IEB, Katiuscia Miranda, durante o evento.
Outras instituições também valorizaram muito o trabalho da cooperativa. “Os números da Coomflona são importantes. Eles representam uma população que vive na floresta que gera emprego, renda e melhora a vida das famílias”, relatou Fábio Carvalho, gestor da Flona Tapajós.
“É gratificante, enquanto ONG, fazer parte deste momento quando nosso trabalho ajuda a conservar a floresta e ajudar as pessoas”, destacou Marcos Planello, do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), antes de entregar o documento que garante a certificação FSC.
“O trabalho da cooperativa é um exemplo para Amazônia. Eles são uma comunidade que consegue trabalhar a floresta de forma sustentável”, disse Ana Luiza, representando o Instituto Floresta Tropical (IFT).
E não podemos esquecer que nada disso seria possível sem o apoio financeiro do TAA - The Amazon Alternative, que entrou com 50% do valor total da certificação, e da Akzo Nobel / Sparlack, empresa parceira do FSC Brasil, que entrou com os 50% restantes, e cuja primeira iniciativa da parceria envolvia o financiamento de um programa social para apoiar atividades de formação e certificação FSC, de comunidades que vivem das florestas.
Veja a reportagem da globo.tv - Jornal Tapajós 2ª Edição