“Claramente existe uma mudança de comportamento em curso, ainda que, nesta fotografia específica, outras questões tenham se sobressaído em relação às ambientais. Fato é que, e isso não mudou, as pessoas estão mais conscientes”, disse Daniela Vilela, diretora executiva do FSC Brasil. Ela lembra ainda que como os impactos do aquecimento global estão sendo cada vez mais sentidos pelas pessoas, em eventos como inundações ou incêndios florestais, isso tende a “potencializar” esse movimento.
Outros dados da pesquisa foram abordados, como o fato de 62% dos consumidores acreditarem que podem ajudar a proteger as florestas com o seu poder de compra e sete em cada dez (71%) afirmarem escolher produtos que não tragam danos às plantas ou animais.
A jornalista Naiara Bertão ainda comenta a importância de se estar pronto para pagar o custo social e ambiental que normalmente as cadeias verdes internalizam. “Uma maior oferta de produtos certificados e a concorrência entre um maior número de empresas são capazes de ajustar os preços. E não devemos esquecer nunca de que, essa conta – altíssima – na verdade já está sendo paga por todos nós”, comenta Vilela.
Investimentos em pesquisa, tecnologia e inovação também podem ajudar a trazer novas soluções. O próprio FSC, por exemplo, esta desenvolvendo um projeto que usa a tecnologia blockchain para registrar as transações de produtos certificados, aumentando a rastreabilidade e a segurança da informação. Há também o uso de tecnologias de identificação de madeira, como isótopos, DNA e espectrometria de massa para ajudar a determinar a origem de amostras de madeira específicas.
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Por Naiara Bertão, Prática ESG
Jornal Valor Econômico
São Paulo - 05/07/2023