Este ano, ao celebrarmos nosso 30º aniversário, honramos sua memória e transmitimos nossa gratidão, em nome de todas as pessoas que trabalham duro contribuindo para a saúde das florestas do mundo e um planeta mais saudável.
Você já se deparou com um logotipo pequeno, quase imperceptível, representando uma marca de verificação e uma árvore em muitos dos produtos que você compra em seu supermercado ou papelaria local? Ele fica no canto da caixa de leite ou suco, você o vê na embalagem de algumas das principais marcas globais de papel e produtos de higiene pessoal, e você frequentemente faz suas refeições ou se senta em um móvel que o carrega em alguma parte.
É o logotipo do FSC, e é uma declaração que informa que o produto que você comprou foi produzido usando madeira de uma floresta manejada de forma responsável, garantindo que sua biodiversidade seja respeitada ao mesmo tempo em que proporciona benefícios sociais às comunidades que dependem dela.
Comunicando uma visão
Por trás do logo do FSC, há uma história de comprometimento de um grupo de pessoas que se formou há 30 anos, e que persiste até hoje. Esse grupo de pessoas tinha uma visão, aliada à criatividade de um designer gráfico excepcionalmente talentoso.
Tudo começou em 1994, quando os primeiros membros do FSC viram a necessidade de ter um logotipo que consumidores e produtores pudessem facilmente identificar com a missão para a atividade florestal global que estava apenas começando: promover o manejo ambientalmente correto, socialmente benéfico e economicamente próspero das florestas do mundo.
Esses membros receberam um design inicial que representava um aglomerado de árvores projetando uma sombra na forma de um mapa-múndi. Embora a ideia fosse adequada, "várias partes interessadas acharam difícil reconhecê-la. Além disso, devido ao seu tamanho, o mapa deixou de fora algumas partes do mundo, o que foi criticado por alguns membros por razões óbvias", comenta Tim Synnott, membro fundador do FSC e seu primeiro Diretor Executivo. Portanto, uma versão muito mais simples e eficiente era necessária.
“O Conselho e eu rapidamente percebemos que o primeiro logotipo era bastante inadequado para o uso em rótulos devido à sua complexidade, então contratamos Tristram Branscombe-Kent para projetar um novo logotipo em 1995, em um processo que levou vários meses de refinamento e acordos”, acrescenta Synnott.
Branscombe-Kent, que nasceu em uma família de artistas, administrava uma agência de design de sucesso em Broadstairs, no Reino Unido. Ele começou sua carreira como designer gráfico trabalhando para diversas agências em diferentes locais, incluindo Londres, Atenas e Nova York, antes de criar a Tristram Kent Associates (TKA), primeiro em Canterbury e depois em Broadstairs. “A TKA na época atendia muitas empresas, universidades e conselhos locais e de Londres”, lembra Margaret Branscombe-Kent, viúva de Tristram.
O nascimento de um símbolo
Branscombe-Kent chegou à primeira sede do FSC em Oaxaca, México, em junho de 1994, para se reunir com os membros do Conselho em sua terceira reunião e coletar suas impressões.
A demanda era clara: o conceito tinha que comunicar imediatamente aos consumidores que o produto que eles estavam prestes a comprar representava a missão do FSC e de florestas bem manejadas. O desafio não foi fácil, pois esse compromisso estava em um estágio inicial na época e algumas das declarações verdes que começaram a aparecer nos rótulos de produtos no início dos anos 1990 eram absolutamente enganosas. "Os consumidores simplesmente não tinham tanto conhecimento sobre escolhas éticas naquela época e não tinham como saber em quem confiar ou acreditar. Era uma novidade, e tínhamos que transmitir uma mensagem muito simples e eficaz para tranquilizá-los", diz Synnott.
Depois de coletar as informações do Conselho, Branscombe-Kent pegou o avião de volta à Inglaterra, onde começou a trabalhar no que veio a simbolizar a primeira opção do mundo de produtos florestais de origem responsável.
Alguns dos primeiros esboços mostram uma variedade de opções enquanto ele brincava com a ideia de que a atividade florestal responsável tinha que incluir imagens que seriam imediatamente reconhecíveis pelo óbvio — árvores. Esses esboços incluíram uma árvore de contorno duplo que deveria simbolizar uma folha larga e uma conífera com a abreviação FSC abaixo dela. Outras opções foram mais ousadas e documentavam um interesse em transmitir um simbolismo mais abstrato, como uma fotografia de árvore reduzida digitalmente a uma imagem bitmap, visando se identificar com a era digital nascente.
“Tristram gostava de produzir conceitos que pudessem ser compreendidos de forma rápida e fácil. Ele trabalhava longas horas até se sentir satisfeito com o resultado. Como ele não limitava seus interesses e talentos às artes, mas também era fascinado pela ciência, lembro-me de sua grande motivação para trabalhar no logotipo do FSC”, lembra Margaret.
Os esboços finais foram apresentados ao Conselho Diretor do FSC e a opção do logotipo de marca de verificação e árvore foi aceita no início de 1996. Para os membros do Conselho, essa foi a escolha perfeita, pois transmitia uma árvore com uma marca universalmente reconhecida de aprovação – uma marca de verificação. Vinte e cinco anos depois, provou ser a escolha certa.
"A meticulosidade e a dedicação de Tristram à precisão o levaram a consultar 10 instituições culturais e públicas diferentes em todo o mundo para garantir que a marca de verificação fosse amplamente reconhecida como um símbolo de aceitação", acrescenta Margaret.
O logotipo foi lançado oficialmente em um evento em Londres em 21 de fevereiro de 1996, e o primeiro produto a portá-lo – a agora lendária espátula de cozinha Sainsbury’s – foi disponibilizado para venda logo depois, dando início a uma jornada que continua nos falando sobre a importância de comprar produtos que ajudem a preservar as florestas do mundo para as gerações futuras.
Para acessar o texto original, em inglês, entre aqui.