Os membros são de origens diversas e se dividem, de acordo com seus interesses prioritários, entre as Câmaras Ambiental, Econômica e Social. Entre eles estão representantes de ONGs ambientais e sociais, comerciantes de madeira, empresas florestais, associações de povos indígenas, pequenos produtores, grupos comunitários, fabricantes e varejistas, organizações de certificação florestal, consultores, proprietários florestais, pesquisadores, entre outros.
Todas as decisões no FSC são construídas por meio de negociações, acordos e consensos entre os membros destas três câmaras. A estrutura de votação é equilibrada, garantindo que todas as vozes sejam ouvidas – há inclusive um balanço de votos para que câmaras com menor número de membros não tenham menor peso nas decisões. Assim, em qualquer processo deliberativo, cada uma das câmaras detém 33,33% dos votos. É a diversidade de interesses e suas interações que garantem a legitimidade tanto técnica quanto política do sistema FSC.
Em termos globais, a principal instância de tomada de decisões sobre os desafios e soluções a respeito do manejo florestal responsável e a direção futura da organização é a Assembleia Geral Internacional de membros, realizada a cada três anos. É na AG que ocorre o processo democrático de votar moções; ou seja, as propostas elaboradas pelos membros, visando mudanças e melhorias no sistema FSC. As moções aprovadas pela Assembleia se tornam vinculativas e devem ser implementadas.
A segunda instância de tomada de decisão do FSC é o Conselho Diretor (Board). O Board é composto por doze membros conselheiros, quatro por câmara, sendo dois do hemisfério Norte e dois do Sul, dentro de cada câmara. Seus conselheiros são eleitos pelos membros na Assembleia Geral Internacional, ou por meio de voto eletrônico, para um mandato de quatro anos, reelegível por igual período. Dentre outras responsabilidades, o Board deve assegurar que as moções aprovadas sejam realizadas em um prazo razoável, informando periodicamente os membros sobre seus cronogramas e estado de execução.
Governança FSC Brasil
A governança do FSC Brasil funciona nos mesmos moldes que a do FSC Internacional. A Assembleia Geral, que ocorre anualmente, reúne todos os membros brasileiros, e as deliberações são tomadas pelos votos das câmaras. Abaixo da Assembleia está o Conselho Diretor, eleito pelos membros e composto por nove conselheiros (três por câmara), com mandato de três anos, reelegível por igual período.
A governança brasileira conta também com o Conselho Fiscal, Comitê de Desenvolvimento de Padrões e Comitê de Resolução de Conflitos, todos eles eleitos e formados por membros brasileiros.
A principal vantagem desse modelo de governança é a possibilidade de encontrar o equilíbrio entre as diferentes visões e necessidades. Na prática, ser um membro significa atuar politicamente no sistema, participar e votar nas Assembleias, apresentar propostas, fazer parte de comitês e grupos de trabalho que definem padrões e políticas, ter participação política no sistema FSC como um todo e concorrer aos cargos diretivos. Além disso, a participação ativa fortalece o networking no setor florestal e é uma maneira de contribuir com o manejo florestal responsável, um caminho seguro para a manutenção das florestas e de seus benefícios ambientais e sociais.
A atuação dos membros nos processos de governança confere ao sistema FSC legitimidade e credibilidade, o que, há mais de duas décadas, têm feito de nós o sistema de certificação florestal mais reconhecido do mundo.
Estrutura Operacional
O FSC conta com uma estrutura operacional, sob a gestão do Diretor Geral, sediada em Bonn, na Alemanha, e com Parceiros da Rede FSC.
Conselhos e Comitês
Conheça os atuais representantes dos Conselhos e Comitês do FSC Brasil.
Membros Brasileiros
Veja a lista de todos os membros brasileiros do FSC.